quinta-feira, 20 de abril de 2017

A NASA liberou TODO o acervo de fotos!

Essa é pros fãs de astronomia e fotografia:

A NASA liberou todo o seu acervo de fotos pra download! O site é bem legal e intuitivo, é só procurar o que você quer e pronto! Tem fotos de reuniões (argh!), lançamentos... e, claro, muitas fotos espaciais - e em ótima resolução!



Vale, MUITO a pena!

https://images.nasa.gov/

Sobre os riscos de usar energias não estocáveis...

Bons dias a todos!

Como eu trabalho na área nuclear, volta e meia o assunto "energia nuclear" aparece nas conversas... Já expliquei como funciona um reator nuclear, o que pode vir a ser um reator de fusão nuclear, e coisa e tal, e até já dei uns dois dedos de prosa sobre o conceito de energia limpa.

De modo geral, quando a gente discute as necessidades energéticas de um país, muita gente vem sugerir que precisamos apostas em energias "verdes", como a solar e a eólica. O argumento, sem dúvida, é tentador: são energias que estão aí e estamos "desperdiçando" e cujo uso praticamente não vai ter custos ambientais (voltem à discussão sobre energias limpas pra ver por quê isso não é bem verdade)...

À parte a "limpeza" delas, o fato é que essas energias são chamadas de "sazonais" por não serem facilmente estocáveis e, portanto, terem sua produção muito dependente de fatores externos. Isso significa que a sua produção pode variar muito se faltar vento, ou se houver um período mais longo de chuvas - mais mundanamente, a energia solar só é utilizável de dia, e é um problema no inverno de longas noites de latitudes mais altas. Por esse motivo, é lugar-comum entre quem é da área que não se pode colocar essas energias na "base" do sistema energético - afinal o coração do sistema tem que ser baseado em alguma energia cuja produção confiável e constante.

A Alemanha, nos últimos anos, tem tentado mudar isso, reduzindo cada vez mais a sua "base" e apoiando uma parte grande (ainda assim, menos de 50%) da sua matriz energética nas "energias verdes".

O resultado? Blecautes, e aumento nas emissões de CO2 porque eles acabam tendo que correr atrás de termelétricas a carvão...


Moral da história? Que tal apostar em políticas de redução de consumo? E, enquanto a energia de fusão não vira solução (diz a piada que vai demorar mais 30 anos, já há mais de 30 anos), o jeito é irmos apostando nas energias confiáveis que temos por aqui: hidrelétrica, termelétrica a gás ou carvão e... nuclear (que, por incrível que pareça, continua sendo a mais limpa delas).

É isso! Abração e até a próxima!