terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Os Anéis de Saturno, vistos BEM de perto!

Pra quem se lembra, ano passado comemoramos o fato de uma sonda (Cassini) ter pousado em uma das luas de Júpiter (Titã), o que nos traria muito mais informações sobre o mais bonito dos planetas do nosso sistema solar. (Aliás, quem quiser sabem mais sobre a viagem de Cassini e o que pretendemos aprender com ela, tem um ótimo texto aqui).

Agora, com sua missão já chegando perto do fim, começamos a ver fotos lindas dos anéis de Saturno... como essas aqui:




Ah... as fotos são da Nasa!

Até a próxima!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Mediram raios-x da antimatéria!

Bom dia a todos!

Quase deixei passar essa, mas deixem-me corrigir o lapso!

Duas semanas atrás, o CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares - a sigla é em francês!) anunciou que, pela primeira vez na história, mediram a emissão de raios-X de um átomo de antimatéria!

O que isso quer dizer? Vamos por partes...

A antimatéria, da qual tanto se ouve falar em filmes de ficção científica, é essencialmente um conjunto de partículas (as "antipartículas") que são idênticas em tudo às que compõem a matéria como conhecemos, só que com um "sinal trocado"... um elétron, por exemplo, tem uma certa massa e uma carga de -1e, enquanto sua antipartícula, o pósitron, tem a mesmíssima massa, mas uma carga de +1e (como curiosidade, 1e são 1,60217662×10-19 Coulomb) - e TODAS as partículas conhecidas têm sua antipartícula! Além disso, quando uma partícula de antimatéria se encontra com sua irmã de matéria normal, as duas se destroem (em termos exatos, se aniquilam), liberando energia.

Bom, o tal modelo padrão (do qual já falamos por alto aqui) diz que, tirando esse pequeno detalhe (as cargas invertidas), matéria e antimatéria devem ser rigorosamente idênticas. Ou seja, um átomo de hidrogênio "normal", formado por um elétron que orbita um próton, deve ter todas as características atômicas idênticas a um átomo de "antihidrogênio", que tem um pósitron orbitando um antipróton (a antipartícula do próton, que tem a massa igual à dele e carga -1e, ao invés da carga +1e do próton).

Aí é que entra o experimento do CERN: eles conseguiram criar uma quantidade de átomos de "antihidrogênio" (o que é bem difícil, já que se o pósitron encontrar um elétron ou se o antipróton encontrar um próton, a coisa já era) e excitá-los usando um laser. Quando isso acontece, alguns elétrons (ou, nesse caso, antielétrons) são excitados até órbitas de maior energia e, ao retornar à condição anterior, o átomo emite raios-X cuja energia é igual ao "troco" da energia das órbitas...

O resultado? As emissões do antihidrogênio são idênticas às do átomo de hidrogênio "normal", exatamente como previsto pelo modelo padrão!

Mais uma vitória do Modelo Padrão... e menos uma chance da gente vivenciar a descoberta de algo totalmente novo (afinal, na ciência, as grandes descobertas vêm quando um experimento não dá o resultado que a teoria previa...)!

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mais sobre ondas gravitacionais!

Pra muita gente, a grande descoberta dos últimos tempos não foi o Bóson de Higgs, mas a detecção de ondas gravitacionais, que aconteceu nos últimos 2 anos.

Em ambos os casos, as descobertas eram esperadas, ansiosamente, e confirmaram previsões teóricas. Por quê, então, as ondas gravitacionais seriam mais importantes (ou interessantes)?

Enquanto a detecção do Bóson de Higgs apenas confirmou uma teoria (o modelo padrão, que diz do que são feitas as coisas que a gente conhece), a detecção das ondas gravitacionais, além de confirmar uma previsão teórica da teoria da relatividade geral de Einstein, ainda nos fornecem uma ferramenta completamente nova para observar o universo! Lembrem-se que, até hoje, nosso conhecimento do universo se resumia ao que podia ser observado usando-se ondas eletromagnéticas (desde ondas de rádio e luz até radiação X e gama) ou então partículas subatômicas, cujas vidas médias são em geral muito curtas (à exceção dos elétrons e prótons)...

Com a comprovação de que podemos observar ondas gravitacionais, ganhamos uma ferramenta completamente nova, que "vê" coisas completamente diferentes, para as quais éramos cegos até agora!

Ficou curioso? Quer saber mais sobre o que é isso? Esse vídeo (em inglês) é super didático, e recheado de informação interessantes e importantes!

https://www.youtube.com/watch?v=AFhOzhe9mg4

E até a próxima!